Quem sou eu?

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Recife, Pernambuco
Poderia dizer que vivo de sonhos, mas creio que são eles que vivem em mim. Arriscaria classificar-me como quixotesca, a cada dia mato meus gigantes para, na manhã seguinte, aperceber-me de que eles não passavam de meros moinhos. Acredito firmemente que as melhores pessoas tem um quê de loucura, manter-se fixo na realidade é enfadonho. O ideal mesmo é tirar os pés do chão e, se possível, aprender a voar.

sábado, 26 de novembro de 2011

The curse of the time

E existem momentos nos quais a dor se torna insuportável e é necessário sentir o toque do ser amado para atenuá-la. E quando essa pessoa não está? A dor fica aí, machucando cada vez mais o coração da pobre desgraçada, que sofre por amor reprimido. Amor intenso, profundo, delirante e eloquente, mas que não pode ser demonstrado por obra do destino. O tempo é um ordinário que serve apenas para enlouquecer os que esperam, ansiosos, por algo. E as manhãs se tornam longas, e os dias se transformam e o que deveria passar não passa.


De que são feitos os dias? 
- De pequenos desejos, 
vagarosas saudades, 
silenciosas lembranças. 

Entre mágoas sombrias, 
momentâneos lampejos: 
vagas felicidades, 
inatuais esperanças. 

De loucuras, de crimes, 
de pecados, de glórias 
- do medo que encadeia 
todas essas mudanças. 

Dentro deles vivemos, 
dentro deles choramos, 
em duros desenlaces 
e em sinistras alianças...
(Cecília Meireles)


terça-feira, 22 de novembro de 2011

Encontro...

Quiçá um dia voltemos a encontrar-nos. Pode ser que em algum momento nossos caminhos se cruzem. Talvez, e só talvez, você me olhe ternamente. Um olhar profundo, que remova as minhas dúvidas, as minhas indecisões, os cataclismas da minha mente. Um olhar doce, sorridente. Olhando-me assim, você tomará minhas mãos entre as suas e sussurará algo. E eu ficarei meio tonta, indubitavelmente boba, completamente inerte. Minha razão desaparecerá por completo, como se nunca houvesse existido. E um sorriso se formará lentamente em minha boca, um sorriso sincero, esperançoso. E tudo o que passou será esquecido. Abrirei os braços, receptiva. Não me sentirei tão viva até que chegue esse momento. 

"A vida é arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida"
(Vinícius de Moraes)