Entro em seus aposentos imperiosamente, como se fosse minha e não dele aquela enorme cama no centro do quarto, com um dossel majestoso que vai até o teto, quase tocando o incrível vitral transparente de onde é possível ver as estrelas, que brilham para mim, como se compartilhássemos um segredo. Pisco efusivamente tentando acostumar meus olhos à penumbra e não estou sozinha, mas já ansiava por isso, foi precisamente por esse motivo que andei até aqui, na calada da noite. Precisava vê-lo rastejar a meus pés depois do que fez comigo, sentir sua subjugação, sua impotência. Despi-lo daquele terrível sorriso arrogante que ostenta em seu rosto com tanto orgulho. Com esse pensamento em mente, me aproximo silenciosamente do seu leito e toco-lhe a face desenhando os traços suaves que por tanto tempo odiei profundamente, por desejá-los com tamanha intensidade. Ele está de olhos fechados, mas sei que não dorme, sua respiração está um pouco ofegante e entrecortada.
Ele sabe - penso eu - sabe que sua rainha desceu de seus aposentos para vê-lo, e está se deliciando com isso.
_ Olá querida, veio me procurar? - disse ele, ainda de olhos fechados, apenas movendo aqueles lábios terrivelmente macios num sussurro arrogante.
_ Se eu fosse você não estaria tão feliz com isso - retruco, afiada como uma lasca de gelo - afinal, até o fim dessa noite, será você que estará implorando para eu não deixar esse quarto.
Ele encara minha face, como se estivesse pensando na ousadia da minha declaração, sua íris se alarga perigosamente, escurecendo completamente os olhos castanhos, cheios de desejo latente.
_ Posso perguntar o que a faz ter tanta certeza? Sou seu súdito, mas não preciso me subjugar a isso se não for da minha vontade.
_ Você tem razão, é evidente que não precisa, mas está claro que quer tanto quanto eu.
Ele não nega essa afirmação. Não pode. Me aproximo perigosamente, como uma gata à espreita de sua presa. Posso sentir a tensão palpável aumentando entre nós dois. O ar está ficando denso e carregado com a nossa respiração. Toco-lhe a face novamente, observando, delineando os contornos de sua boca, ameaçadoramente próxima da minha. Mas não, não quero que sinta o gosto do meus lábios agora, antes quero deleitar-me um pouco mais. Puni-lo. Afinal, se ele se recusa a cumprir as ordens de sua rainha à vista de todos, quero saber se o fará também quando está sozinho com ela. Como se soubesse o que pretendo ele prende a respiração, ansiosamente, aguardando, ansiando pelo que irei fazer em seguida. Continuo a contornar sua face, passando dos lábios aos cabelos fartos, numa carícia velada. Posso sentir que tenho poder sobre ele, mesmo ele querendo acreditar que não, mesmo contrariando minhas ordens reais frequentemente.
_ Então meu súdito indomável, qual deveria ser a sua punição por seu comportamento inaceitável está manhã? - digo, franzindo ligeiramente os lábios, num sorriso perverso.
_Desejo ser punido da forma como você desejar, pode me deleitar com sua criatividade cruel - responde ele, sem perder a compostura, com um leve traço de deboche. Devo admitir que a admiração cresce nesse momento, em nenhum instante sua voz lhe traiu, mas infelizmente seu corpo todo o faz, pois está retesado, carregado de desejo evidente.
_Sendo assim, irei escolher com sabedoria - digo, e não posso evitar um sorriso.
Estou preparada para o que for preciso, sei que ele me odeia, mas também me deseja na mesma intensidade, seus olhos o traem, a pupila continua dilatada de lascívia.
Começo então a me despir lentamente, estou envolta em um robe de seda fino, suave demais para me proteger do frio, mas efetivo para cobrir meu corpo. Ele me observa cautelosamente, o ritmo da respiração aumentando em expectativa crescente. Ao finalizar meu pequeno espetáculo ele me olha com adoração, quase que hipnotizado. Ele desliza seus olhos por minhas curvas voluptuosas me devorando por completo, se demorando nos meus seios rígidos apenas semi-cobertos por meus cabelos. Escolhi não usar nada esta noite, já que quando estou ricamente vestida não produzo o menor efeito na sua obediência, imaginei que o contrário seria diferente.
_Minha senhora - ele diz, a respiração entrecortada.
Removo as cobertas silenciosamente, a única peça restante entre nós. Ele já está preparado, pronto para mim, seu membro rígido, delatando a fome crua, o fervor da sua vontade. Me aproximo, estou tão desconcertada quanto ele, o coração batendo furiosamente no peito, mas me recuso a admitir, pois sou orgulhosa demais. Passeio os dedos por seu corpo, traçando seu abdômen calmamente, me deleitando. Ele parece desesperado, sei que está ansiando por isso, sei que deseja que eu finalize rapidamente seu martírio, dando-lhe tudo que deseja. Me demoro nas carícias, de propósito, fazendo pequenos círculos em seu corpo, suavemente. Como se não suportasse mais meu pequeno jogo de poder, ele me puxa para seu colo e inicia uma série de beijos fervorosos por todo meu corpo.
_Minha senhora - fala ele mais uma vez - Me perdoe, mas já aguentei sua punição por tempo suficiente, agora permita-me retribuir na mesma moeda.
Seus olhos brilham na penumbra do quarto e me olham com ferocidade enquanto nossos corpos se fundem, num mar de braços, pernas, dentes e línguas.
_Eu te odeio - diz ele baixinho, roçando o nariz no lóbulo da minha orelha - te odeio profundamente, te odeio tanto que não consigo parar de pensar em você, minha rainha.
Ele me puxa mais para próximo de seu peito, me aninhando entre seus braços.
_Não deveria estar aqui, milady, não deveria ter me provocado, agora não vou mais saber como parar.
_Então não pare - respondo.
_Preciso parar - retruca ele, os olhos apavorados pelo mero pensamento - Cavaleiros insolentes não se tornam Reis.
Ele sabe - penso eu - sabe que sua rainha desceu de seus aposentos para vê-lo, e está se deliciando com isso.
_ Olá querida, veio me procurar? - disse ele, ainda de olhos fechados, apenas movendo aqueles lábios terrivelmente macios num sussurro arrogante.
_ Se eu fosse você não estaria tão feliz com isso - retruco, afiada como uma lasca de gelo - afinal, até o fim dessa noite, será você que estará implorando para eu não deixar esse quarto.
Ele encara minha face, como se estivesse pensando na ousadia da minha declaração, sua íris se alarga perigosamente, escurecendo completamente os olhos castanhos, cheios de desejo latente.
_ Posso perguntar o que a faz ter tanta certeza? Sou seu súdito, mas não preciso me subjugar a isso se não for da minha vontade.
_ Você tem razão, é evidente que não precisa, mas está claro que quer tanto quanto eu.
Ele não nega essa afirmação. Não pode. Me aproximo perigosamente, como uma gata à espreita de sua presa. Posso sentir a tensão palpável aumentando entre nós dois. O ar está ficando denso e carregado com a nossa respiração. Toco-lhe a face novamente, observando, delineando os contornos de sua boca, ameaçadoramente próxima da minha. Mas não, não quero que sinta o gosto do meus lábios agora, antes quero deleitar-me um pouco mais. Puni-lo. Afinal, se ele se recusa a cumprir as ordens de sua rainha à vista de todos, quero saber se o fará também quando está sozinho com ela. Como se soubesse o que pretendo ele prende a respiração, ansiosamente, aguardando, ansiando pelo que irei fazer em seguida. Continuo a contornar sua face, passando dos lábios aos cabelos fartos, numa carícia velada. Posso sentir que tenho poder sobre ele, mesmo ele querendo acreditar que não, mesmo contrariando minhas ordens reais frequentemente.
_ Então meu súdito indomável, qual deveria ser a sua punição por seu comportamento inaceitável está manhã? - digo, franzindo ligeiramente os lábios, num sorriso perverso.
_Desejo ser punido da forma como você desejar, pode me deleitar com sua criatividade cruel - responde ele, sem perder a compostura, com um leve traço de deboche. Devo admitir que a admiração cresce nesse momento, em nenhum instante sua voz lhe traiu, mas infelizmente seu corpo todo o faz, pois está retesado, carregado de desejo evidente.
_Sendo assim, irei escolher com sabedoria - digo, e não posso evitar um sorriso.
Estou preparada para o que for preciso, sei que ele me odeia, mas também me deseja na mesma intensidade, seus olhos o traem, a pupila continua dilatada de lascívia.
Começo então a me despir lentamente, estou envolta em um robe de seda fino, suave demais para me proteger do frio, mas efetivo para cobrir meu corpo. Ele me observa cautelosamente, o ritmo da respiração aumentando em expectativa crescente. Ao finalizar meu pequeno espetáculo ele me olha com adoração, quase que hipnotizado. Ele desliza seus olhos por minhas curvas voluptuosas me devorando por completo, se demorando nos meus seios rígidos apenas semi-cobertos por meus cabelos. Escolhi não usar nada esta noite, já que quando estou ricamente vestida não produzo o menor efeito na sua obediência, imaginei que o contrário seria diferente.
_Minha senhora - ele diz, a respiração entrecortada.
Removo as cobertas silenciosamente, a única peça restante entre nós. Ele já está preparado, pronto para mim, seu membro rígido, delatando a fome crua, o fervor da sua vontade. Me aproximo, estou tão desconcertada quanto ele, o coração batendo furiosamente no peito, mas me recuso a admitir, pois sou orgulhosa demais. Passeio os dedos por seu corpo, traçando seu abdômen calmamente, me deleitando. Ele parece desesperado, sei que está ansiando por isso, sei que deseja que eu finalize rapidamente seu martírio, dando-lhe tudo que deseja. Me demoro nas carícias, de propósito, fazendo pequenos círculos em seu corpo, suavemente. Como se não suportasse mais meu pequeno jogo de poder, ele me puxa para seu colo e inicia uma série de beijos fervorosos por todo meu corpo.
_Minha senhora - fala ele mais uma vez - Me perdoe, mas já aguentei sua punição por tempo suficiente, agora permita-me retribuir na mesma moeda.
Seus olhos brilham na penumbra do quarto e me olham com ferocidade enquanto nossos corpos se fundem, num mar de braços, pernas, dentes e línguas.
_Eu te odeio - diz ele baixinho, roçando o nariz no lóbulo da minha orelha - te odeio profundamente, te odeio tanto que não consigo parar de pensar em você, minha rainha.
Ele me puxa mais para próximo de seu peito, me aninhando entre seus braços.
_Não deveria estar aqui, milady, não deveria ter me provocado, agora não vou mais saber como parar.
_Então não pare - respondo.
_Preciso parar - retruca ele, os olhos apavorados pelo mero pensamento - Cavaleiros insolentes não se tornam Reis.