Um gato observa os transeuntes
Com seu olhar amistoso,
Que faz essa gente andando apressada?
Pensa consigo o felino na calçada,
O pequeno bichano se encolhe acanhado,
Está fraco, abatido, lânguido e debilitado,
Escuta os ressonos de seu miserável estômago,
Quando petiscara pela última vez?
Não se acordava
O felídeo se põe a rondar,
Se acerca dos passantes e começa a ronronar,
Muitos o desprezam, rejeitam e o evitam,
Mas o gato persiste em sua infindável busca por comida,
Até que finalmente, depois de muita insistência,
Uma menina se compadece do franzino bichinho,
Pega-o no colo e o leva para casa,
O pequerrucho está faminto,
Enche logo a boquinha de ração,
A garota ri, deliciada com seus trejeitos,
Que gatinho adorável, não parece ter defeitos,
Até hoje, o bichano e a mocinha vivem juntos em consonância,
Pois a garota resgatou o felino e o pequenino restaurou sua infância.
"Gatos amam mais as pessoas do que elas permitiriam. Mas eles têm sabedoria suficiente para manter isso em segredo."
(Mary Wilkins)