Quem sou eu?

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Recife, Pernambuco
Poderia dizer que vivo de sonhos, mas creio que são eles que vivem em mim. Arriscaria classificar-me como quixotesca, a cada dia mato meus gigantes para, na manhã seguinte, aperceber-me de que eles não passavam de meros moinhos. Acredito firmemente que as melhores pessoas tem um quê de loucura, manter-se fixo na realidade é enfadonho. O ideal mesmo é tirar os pés do chão e, se possível, aprender a voar.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

E assim vou vivendo...

Garganta seca, olhos apertados, pequenininhos, cansados de tanto chorar. Chorar pra quê? Derramar lágrimas em vão, lágrimas que vem e vão como os sentimentos perdidos, esquecidos. Levanta a cabeça menina, que não adianta sofrer, sentir vontade de voltar, de retroceder. Adianta? É preciso criar forças, como se cria esperanças, inventar, reinventar, um universo maravilhoso, novo e desconhecido. Dançar, saltar e cantar, sem ter vergonha do que digam de você. Deixa que te julguem, que te digam o que é errado ou o que é certo. Você não precisa seguir à risca tudo que a sociedade impõe. Afinal, você não precisa mudar. Mudanças? Pra quê? Já estou farta delas. Só mudo se quiser e ponto. Não me dirão o que tenho que fazer. Tenho personalidade. E me dizem que estou louca, que perdi o juízo. Só lamento. Você não gosta de como eu sou? Não me importa. Não é por ti que deixarei de viver.



2 comentários:

Fique mais um segundo... disse...

Oi, Priscilla, boa noite!!
O texto é muito interessante, especialmente porque trata de um universo interior buscando afirmação (e o leitor fica intrigado se será totalmente ficção, meia ficção e meia verdade, ou tudo verdade escondido sob o disfarce da ficção...).
Confessar que se está chorando mas afirmar que não deseja chorar é um tema interessante, indica bem essa divisão interior. O texto começa tratando a menina na terceira pessoa, mas se trai quase ao final, quando diz, na primeira pessoa "já estou farta delas".
O importante é sermos nós mesmos, para chorar ou para sorrir. Pois será nossa própria consciência a quem teremos que responder, ao acertar ou errar.
Um abraço carinhoso
Leo

Priscilla V. disse...

Oi Leo, Obrigada por achar meu texto interessante! Realemente, eu queria expressar os sentimentos do eu-lirico, no caso a menina do texto. Mas também queria que esse pequeno relato se aproximasse mais da realidade de todos. Não apenas da garota em questão e sim de todas as pessoas que já se sentiram como ela. Por isso o comecei em terceira pessoa e terminei em 1ª, para fazer com que os leitores se indentifiquem com a personagem.
Um abraço,
Priscilla