Chegaste devagar, a passos silenciosos. Nem percebi o momento que começaste a passear pelos meus pensamentos. Quando menos esperava estavas ali, à espreita, e por mais que tentasse tirar-te de lá, não conseguia. Passaram-se as estações, ameaçavas perigosamente viajar da minha cabeça ao coração, e isso eu não desejava, pois cada pessoa que passou por ele deixou-o em frangalhos. Meu peito respondia a cada tentativa tua de adentrar em meu interior: vá embora, vá embora, vá embora. Não atendeste à minha súplica. Foste ficando, ficando, e ficou.
"Amo-te sem saber como, nem quando, nem onde, amo-te simplesmente sem problemas nem orgulho: amo-te assim porque não sei amar de outra maneira."
(Pablo Neruda)
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