Quem sou eu?

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Recife, Pernambuco
Poderia dizer que vivo de sonhos, mas creio que são eles que vivem em mim. Arriscaria classificar-me como quixotesca, a cada dia mato meus gigantes para, na manhã seguinte, aperceber-me de que eles não passavam de meros moinhos. Acredito firmemente que as melhores pessoas tem um quê de loucura, manter-se fixo na realidade é enfadonho. O ideal mesmo é tirar os pés do chão e, se possível, aprender a voar.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Morte

Creram que eu estava louco! Loucos eram eles, com suas ideias hipócritas e pensamentos equivocados. Nunca estive tão saudável em toda minha vida. Tinha certeza de que a via. Todas as noites sua sombra me atormentava, tacirturna, silenciosa, um perfeito vulto fantasmagórico. E eu, assustado, incapacitado, estirado em uma cama, ouvia-lhe sussurar baixo, ao meu ouvido:
_Vem comigo...
Até que um dia comecei a acreditar neles, passei a crer que havia perdido mesmo a razão. Mas minha cabeça me dizia que ainda conservava meu juízo. E meu corpo não queria acreditar que aquela terrível sensação de frio que me lacerava quando ela vinha não era real. Passaram-se meses, e me afastei das pessoas. Me tornei um ser tão medroso que me tranquei na minha própria casa, que passou a ser não só meu refúgio, mas também minha prisão. Não saia, não falava com ninguém. Minha mente me prendeu dentro de mim mesmo. Tinha visões. Chorava, estava fraco. Tão fraco que um dia ela chegou, a indesejável, com sua face pálida e mórbida e o seu terrível riso de deboche. Me beijou lentamente nos lábios, sugando minha vida pouco a pouco, e me levou, tão serena e silenciosa como havia vindo.


2 comentários:

Rebeca Franco disse...

sou tua fã!

Priscilla V. disse...

eu sei que tu me amas reh hahahaha (: